Entrada do Núcleo de Estudos e Encontros na internet!

O Núcleo de Estudos e Encontros em Dança é um grupo de pesquisa teóricopráticapráticoteórica que começa a existir em ideia no segundo semestre de 2014, a partir do desejo da professora Lidia Larangeira de desenvolver pesquisa em arte na universidade junto com parceiros interessados em participar de maneira horizontal e colaborativa. Pensando macro e micro politicamente, a pergunta ativadora do projeto era Por que dançar?

Em março de 2015 o Núcleo toma forma a partir do engajamento e da implicação das alunas artistas Bruna Gouvea e Thais Chilinque.

Esse blog foi uma necessidade que nasceu a partir dos nossos encontros e pretende ser um veículo de comunicação, registro e partilha das nossas atividades, reflexões e processos. E ele é também um espaço para praticarmos uma escrita processual.

Cada encontro é a instauração de um mundo. Deslizamos por ideias, conceitos, referências, memórias e situamos nosso desejo.


4 de março OI FUTURO

A porta de entrada para a primeira reunião desse grupo foi o encontro com as ideias presentes na dissertação de mestrado da Clarissa Rego. Nossa primeira colaboradora!
"TEIXEIRA, Clarissa Rego. Dança contemporânea e colaboração. Instaurações de mundos. Dissertação de mestrado. UFF, Niterói, 2014."

A partir dessa leitura comum, nesse primeiro encontro, conversamos sobre o desejo de uma construção coletiva de uma pesquisa comum que se desse a partir dos interesses, afetos, diálogos e fricções de cada integrante.

Não há uma proposta de criação de um produto especifico dado a priori, mas há a abertura para criarmos qualquer produto que essa colaboração fizer surgir.
A proposta é criamos uma forma de organização coletiva que permita a brincadeira, o sonho, a imaginação de cada um e de todos.

EXERCÍCIOS DE ESCUTA
EXERCÍCIOS DE SILÊNCIO
EXERCÍCIOS DE COLABORAÇÃO
EXERCÍCIOS DE PROVOCAÇÃO.

Exercícios na medida em que não sabemos como fazer, aprendemos no exercício da tentativa e erro. O fracasso sempre é uma hipótese bem-vinda.

Uma palavra chave que ronda quase como uma assombração é ENCONTRO! Como é estar inteiro e aberto para viver a potência do encontro com o outro. (livro, pessoas, lugar, força) DARERECEBER!

A ideia de pensar organizações coletivas em diversos âmbitos da vida e especificamente na arte nos interessa muito. Levantamos algumas experiências de coletivos e saiu daí a indicação da leitura de outro texto para o próximo encontro.

A palavra cartografia surgiu da boca de cada integrante em diferentes falas. Necessidade de investigar esse método de investigação...
Ruth Torralba

09 de março CASA

O texto do Cezar Migliorin, autor citado pela Clarissa e trazido pela Thaís é a nossa porta de entrada.
"MIGLIORIN, Cezar. O que é um coletivo. disponível em www.teia.art.br. março de 2013"

apropriação/captura do termo coletivo pelo capitalismo
+que 1 e é aberto
centro de convergência de pessoas e práticas
comunidades
intensidade de trocas
elementos tensionados entre si
irradiações
fragilmente delimitável
centros de intensidades
múltiplas velocidades
SUPORTAR INSTABILIDADES
investimentos não mensuráveis
chefe
dentro e borda
lógica da celebridade/sucesso vertical
sujeito de massa- identificação no centro
linha reta- narrativa forte
práticas dominantes
fracasso é a hipérbole da linha reta
trabalho e vida se atualizam em obras

Coletivo Liquida Ação
CEM- Centro em Movimento de Lisboa
"Creches parentais"

11 de março BIBLIOTECA PARQUE

Porta de entrada pela Cartografia Sentimental de Suely Ronik.
"Cartografia Sentimental. Transformações Contemporâneas do Desejo. Porto Alegre: Sulina, Editora da UFRGS, 2014."
Lemos juntas as Instruções de uso e O cartógrafo.


Quais as nuances do encontro?
Em que lugar o encontro acontece
vitalizante/destrutivo
ativo/reativo
linguagem como criação de mundos
história e geografia
inventar em função do encontro
corpo vibrátil
critério- grau de abertura para a vida
defesa da vida
estratégias de formação do desejo no campo social
micro-política
desejo-artificio afeto e língua
não revela sentidos, mas os cria
olhar molar/olhar molecular
uso molar dos olhos
escuta psicanalítica
linhas de fuga

Nossas conversas:

A cartografia como uma maneira de nos mantermos nesse lugar de encontro com o que não conhecemos e com o que não está pré-determinado e estabelecido. Como uma janela para olharmos para a pesquisa em artes. Pesquisa cuja especificidade está na não existência do objeto pesquisado antes do seu processo de criação. Acompanhamento de processos.
Questão da política do encontro com a cultura popular
Desdobramento do espaço
ocupação afetiva do espaço
como ocupar afetivamente-afetativamente a instituição
espaço como um fluxo de afetos e intensidades

A MUDANÇA DE UMA LÓGICA DE PENSAMENTO É UMA PROPOSTA DE REFORMA POLÍTICA

18 de março Biblioteca do CCS

Porta de entrada: Texto da Suely Rolnik. "Esquizoanálise e antropofagia"

Antropofagia como uma ideia pulsante
desejo diferente de prazer
rachaduras

Necessidade de retornar à Cartografias Sentimentais e mergulhar mais fundo.
Necessidade de encontrar com Ruth Torralba

23 de março CASA

Encontro com Ruth!!!!!!!
Contextualizamos o nosso caminho

Método da Cartografia: escuta de processos, o próprio campo produz questões a partir do encontro.

CLÁUDIO ULPIANO

O lugar da dança que nos interessa não se localiza no universo do entretenimento.
Intersecção com outras áreas
Dança- subjetividade em processo. o processo de criação traz tudo o que lá está e transforma...

Deleuze- Lógica da Sensação- Francis Bacon

sensação diferente de sensível. a sensação vem da própria matéria mas não a identificamos de antemão. 

Thaís- estranhamento/ afirmação da vida. Ausência de juízo de valor. Sensação. Crise como possibilidade de transformação

INTERVENÇÃO URBANA- Lugar de um não artista, não lugar.

A experiência do fora: Blanchot, Focault e Deleuze-  Tatiana Salem Levy

Fazer os espaços respirarem,... resistência-vitalidade

Assistimos "As praias de Agnes" de Agnès Varda.

QUESTÃO QUE FICA PARA O PRÓXIMO ENCONTRO: COMO DAR CORPO AO QUE VIEMOS CONSTRUINDO NO PENSAMENTO?



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