o espaço que move o corpo que move o espaço

chuva da janela do prédio do Fórum
a água cai leve como neve, fina, suave, bruma
no céu um bando de pássaros brincam de pegar ondas de vento.
Pretos, sua cor nos meus olhos vai se degradando com a altitude e com a neblina pesada.
círculos, linhas, redemoinhos,
a aparecer e sumir num mesmo quadro

grosso cinza
é dia, mas anoitece.

As frestas do chão dão a ver um outro espaço/tempo/lugar
Exercício de lançar o olhar para as coisas que não se vê
e no céu eles, lá.


UMA PORTA, NOVO TERRITÓRIO
CADA ENTRADA DÁ A VER UM NOVO TEMPO
RASTROS NO CHÃO
VESTÍGIOS
TRILHAS
INDÍCIOS.
texturas no chão
as luminosidades
os ventos de cada espaço
os volumes
os tamanhos

como observadora me sinto um fantasma que olha sem ser vista
o homem invisível
uma mosca a tocar as coisas com os olhos e
finalmente o movimento do corpo acontece
finalmente acontece o gesto que surge do comum.
DANÇACOMASCOISASEPESSOAS



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