Oficina Cartografia do Encontro por Bruna Gouvêa

       Escutar, língua babando salivando vontade de estar. Aqui caindo aos pedaços, pedaços espaciais, construindo nas rachaduras do chão, verde brotando, verde morrido, falta da janela floresta. Minhas invisibilidades misturadas nas tuas, tu, chão, gente, porta daqui, porta de lá. Silêncio e encontro, o laranja ainda não chegou, está esbranquiçado. Desejo do agora, desejo de estar, desejo de mover as costas. Esse salão cheio de novidades, a porta íntima vista pelo outro lado, o extintor! Qual o desejo dele? Ranha o chão, o papel bordando o chão. Será que, porta, perna azul, lixo cinza prego de parede, bacias, paralelos do chão.Verde brotado no pé. Abre, olho, costas, ô costas...
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Tá barulhento, nhec, ajuda no pensar-agir. scrash qualquer coisa e foi, pra já, tá fácil o buraco. Bacias, bacias boca maior de mim. três gotas, três gotas de isopor.



      Sugou, labirintos se formando na minha frente, eu a vontade, conhecida fui cumprimentada com os olhos das coisas, fiquei feliz em ver a janela, tive sarcasmo ao encontrar com o elevador e a escada. Fui tomada por outro salão, tava menos cordial dessa vez, escolhi ser sacana, foi de leve, mas a parede me provocou também. Ela me mostrava seus tônus todos de uma vez. Essas permanências e destruições sempre me fazem correr, um monte de porta aberta tudo de frente pra outra, dá vontade de escorrer veloz, fazer ventar. Senti falta do extintor, substitui-o, continuo sentindo falta das coisas que me tocaram, das coisas que eu fiz uma dança para cada, esse lugar explode pra dentro afeto, me acontece na intimidade, me convida a ser, agradecida eu aceito, e para não perder a modulação e molengar ativo a mandíbula, preciso devorar.


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