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Oficina Cartografia do Encontro por Bruna Gouvêa
1º
Escutar, língua babando salivando
vontade de estar. Aqui caindo aos pedaços, pedaços espaciais,
construindo nas rachaduras do chão, verde brotando, verde morrido, falta
da janela floresta. Minhas invisibilidades misturadas nas tuas, tu,
chão, gente, porta daqui, porta de lá. Silêncio e encontro, o laranja
ainda não chegou, está esbranquiçado. Desejo do agora, desejo de estar,
desejo de mover as costas. Esse salão cheio de novidades, a porta íntima
vista pelo outro lado, o extintor! Qual o desejo dele? Ranha o chão, o
papel bordando o chão. Será que, porta, perna azul, lixo cinza prego de
parede, bacias, paralelos do chão.Verde brotado no pé. Abre, olho,
costas, ô costas...
_ _
Tá barulhento, nhec,
ajuda no pensar-agir. scrash qualquer coisa e foi, pra já, tá fácil o
buraco. Bacias, bacias boca maior de mim. três gotas, três gotas de
isopor.
2º
Sugou, labirintos se formando
na minha frente, eu a vontade, conhecida fui cumprimentada com os olhos
das coisas, fiquei feliz em ver a janela, tive sarcasmo ao encontrar com
o elevador e a escada. Fui tomada por outro salão, tava menos cordial
dessa vez, escolhi ser sacana, foi de leve, mas a parede me provocou
também. Ela me mostrava seus tônus todos de uma vez. Essas permanências e
destruições sempre me fazem correr, um monte de porta aberta tudo de
frente pra outra, dá vontade de escorrer veloz, fazer ventar. Senti
falta do extintor, substitui-o, continuo sentindo falta das coisas que
me tocaram, das coisas que eu fiz uma dança para cada, esse lugar
explode pra dentro afeto, me acontece na intimidade, me convida a ser,
agradecida eu aceito, e para não perder a modulação e molengar ativo a
mandíbula, preciso devorar.
3º
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