06.06.2016 Núcleo no OcupaMinc
M.D.C
o
espaço do OcupaMinC é outro
o
mezanino outro, o Capanema também
o
chão para estar junto é outro
as
pessoas outras, o aroma também
Abraços
acolhem o retângulo. Gruda, cheira mal. Quer participar? Alfazema
lembra piolho na casa de vó, o jongo do Xandy e sua passarada. Além
de nós, talvez 6. Número divisível por 2 e 3. O espaço está
repleto de pessoas ocupadas. Balde. Água. Varremos o excesso das
raias quase brancas sob uma teia de barbante, teias como aquelas que
filtram sonhos ruins. Prepara, ondula e ginastica a respiração,
espaços internos e de relação. Pés no chão, expansão da pele e
dos dedos. Gruda e apóia, no espaço, lateralidades e torções.
Pensar o gesto de forma paradoxal ou pensar a forma paradoxal do
gesto? Pensamento-vertigem nas dobras, na transa do corpo com o chão
e com o espaço. Como expandir contraindo ? E contrair expandindo?
Preparar para mergulho coletivo! Emocionante e meio sem jeito, a
primeira vez reafirma o difícil "caminhar junto. Não é
caminhar igual , é caminhar junto... Durante a travessia será que
preciso fala para ajudar a conectar quem está alheio a pele do
coletivo? O quê falar? Como? Falei, mas duvido. Se a prática se
trata também de " demorar-se", por que não acompanhar
esse modo de travessia e suas errâncias? O fluxo que seguiu a direção
das raias foi mais contínuo. Fluímos melhor, apesar dos infindos
acordos internos, externos, entre. Como é difícil avançar, se
manter avançando. Se não avança, estagna, vira pedra. Alegria de
limpar junto!Desejo de uma prática com os ocupantes, com aquelas
pessoas, mas foi uma ação forte de ocupar-esvazia. Com as forças.
Será que essa galera está conseguindo acompanhar seus processos?
Quando " ocupada", lembro resistir. Uma existência de
resistência., não participava da programação...como equalizar
essas intensidades? Existir-Resistir.? Uma nova proposta. Os panos
tem vida própria; cada um com seu peso, cheiro e dinâmica. Somos
corpos-pano suspensos no ar, a dançar. Algo acaba de acontecer e não
consigo nomear. Estamos juntos. Um varal se constrói sob nós, não
eram mais panos sujos, mas vestígios de afeto, vivido, contaminado.
A alegria do coletivo faz saltar, subir corcunda, gargalhar,
suspender como gaivotas a acompanhar os carros da ponte Rio- Niterói.
Thaís
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